A chave para a tecnologia é uma invenção que
aproveita os avanços na capacidade de controlar os caminhos da luz em
nanoescala. David Fattal, fundador da Leia, explicou o conceito chamado
de ‘backlight multiview’ em uma revista especializada há dois anos,
quando trabalhava no HP Labs em um projeto que utilizava interconexões
ópticas para trocar informações codificadas em forma de luz entre
computadores. Na época, Fattal percebeu que a tecnologia também poderia
ser utilizada para exibir imagens holográficas.
As interconexões ópticas dependem de estruturas
nanométricas chamadas de redes de difração, que fazem com que os raios
de luz que impactam nelas viagem em direções específicas, dependendo do
ângulo que chegam. O pesquisador então percebeu que em vez de usar as
redes para enviar luz através de um cabo de transmissão de dados, eles
poderiam ser projetados para enviá-la em direções prescritas no espaço, o
que é a base de um display 3D holográfico. A ideia foi aprimorada para
que a qualidade da imagem fosse melhor e para que os hologramas pudessem
sair de um display convencional de LCD.
Como funciona?
Cada visor padrão de LCD tem um componente
chamado ‘luz de fundo’, composto por duas partes: uma fonte de luz e uma
guia de luz feita de plástico e conectada à primeira. A guia direciona a
luz para os pixels do monitor e as imagens aparecem no display enquanto
o LCD bloqueia seletivamente quantidades variadas de luz em cada pixel.
A empresa substituiu o guia de luz padrão para
um mais sofisticado, que tem grades em nanoescala. O novo componente
consegue controlar melhor a direção percorrida pela luz antes que ela
chegue ao conjunto de pixels. Em vez de orientar o toda a luz de maneira
uniforme, ele pode direcionar um único raio de luz para determinado
pixel da tela.
O LCD é configurado para enviar 64 imagens
diferentes, cada uma produzida por 1/64 dos pixels disponíveis, e
misturar essas imagens de uma maneira que faz com que o cérebro do
espectador perceba um holograma sem costura. O processo reduz um pouco
da resolução, o que pode torná-lo um desafio para aplicar para telas
maiores, mas os dispositivos móveis de hoje tem uma resolução tão alta
que os telespectadores não vai notar, explica um especialista.
A tela deve ser lançada no fim do ano no
mercado asiático. Desenvolvedores que desejarem converter gráficos e
animações 3D para a plataforma podem utilizar um pacote de ferramentas disponibilizado pela Leia.
Veja o projeto em ação:
Veja o projeto em ação:
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