sexta-feira, 13 de março de 2015

Como a Microsoft pretende popularizar o uso dos hologramas em 2015

HoloLens da Microsoft promete transformar o mundo do usuário com holografias (Foto: Divulgação/Microsoft)
Os HoloLens, óculos de hologramas da Microsoft, é visto com muita expectativa pelo público desde a sua apresentação no fim de janeiro. O produto, equipado com o novo Windows 10 Holográfico, deve fazer com que os usuários mudem a forma de interagir com jogos, conteúdo multimídia e até mesmo trabalhar em um cenário que mistura elementos reais com holografia. No entanto, será que o óculos da Microsoft cairá no 
gosto dos consumidores ou será um grande fiasco como o Google Glass? O TechTudo analisou a questão.
Um mundo sem telas

Antes de partir para as suas funcionalidades, é preciso encarar as holografias do HoloLens como uma quebra de paradigmas na relação entre usuários e dispositivos. Ao invés da visualização e interação limitadas pela tela, os óculos da Microsoft prometem objetos virtuais para o mundo do usuário, misturando aquilo que é real com o que é projetado nas lentes do aparelho. 



O uso dos hologramas, nesse caso, prometem tornar a computação mais simples e amigável ao usuário. Em outras palavras, a Microsoft pretende eliminar a barreira física entre os computadores que conhecemos hoje, presos em hardwares e telas, para espalhar seus elementos pelo ambiente do usuário, com interações mais naturais e humanas. A adoção por partes dos consumidores, no entanto, não está garantida.
Dispositivo busca romper barreiras com telas (Foto: Divulgação/Microsoft)
Assim como a Apple mudou a relação do usuário com telas sensíveis ao toque ao lançar o iPhone, em 2007, a Microsoft precisará mostrar ao usuário que a holografia do HoloLens pode ser atrativa e inovadora o suficiente para conquistar o consumidor (e seu bolso). Caso contrário, o produto poderá estar fadado a repetir o fracasso dos primeiros tablets com Windows XP, apresentados em 2002, que nem chegaram perto do sucesso do iPad, cerca de oito anos mais novo.

HoloLens: características próprias

Se os hologramas são a grande aposta da Microsoft para se firmar como uma empresa capaz de inovar, os HoloLens são a forma como a empresa quer tornar isso realidade. No entanto, óculos e tecnologia vestíveis não são exatamente uma novidade inexplorada. Atualmente, é possível encontrar uma série de produtos e projetos conhecidos nesses campos como o Oculus Rift, Google Glass, Gear VR e outros.


HoloLens são a aposta da Microsoft para popularizar a holografia (Foto: Divulgação/Microsoft)
Mas em comparação com os dispositivos de realidade virtual, como Rift e o Gear VR, o HoloLens apresenta propósitos bastante diferenciados. Os primeiros usam smartphones, por exemplo, para criar um mundo virtual onde o usuário verá apenas o que é fantasioso, seja este um game ou um aplicativo. Já os óculos da Microsoft mistura elementos gráficos artificiais com o ambiente onde o usuário está inserido, criando uma mistura entre os dois “mundos”.

Na briga com os demais óculos inteligentes, o HoloLens também apresenta suas diferenças. O Google Glass e o recém-anunciado Sony SmartEyeGlass, por exemplo, buscam inserir informações sobre navegações, pesquisas e notificações nas lentes do usuário, trabalhando em parceria com smartphones durante caminhadas na rua ou passeios.


HoloLens da Microsoft cria hologramas para trabalho e entretenimento em ambientes internos (Foto: Divulgação/Microsoft)
Os hologramas da Microsoft, por outro lado, tem um perfil mais voltado para atividades internas, inserindo não só janelas de conteúdo no campo de visão, como também criando objetos virtuais. Em outras palavras, a interação promete ser muito mais profunda, baseada no ambiente que cerca o usuário e independente de qualquer smartphone ou tablet.

Aplicativos já conhecidos

Embora o apelo para novidades em holografia seja muito grande, a Microsoft demonstrou que aplicativos clássicos de smartphones e computadores estarão presentes no novo produto da empresa. Com isso, é bastante provável que os usuários encontre seus serviços e ferramentas já adaptados para a holografia.


Skype holográfico poderá ajudar usuário a resolver problemas do dia a dia (Foto: Divulgação/Microsoft)
Entre os aplicativos demonstrados, destaca-se o Skype, com o qual o usuário poderá utilizar a videochamadas do serviço para fazer tarefas domésticas ou profissionais com outros usuários de forma mais interativa. Os hologramas farão ainda com que os jogadores de Minecraft possam ter uma outra perspectiva do famoso game, interagindo com os blocos no mundo real e visualizando suas construções sobre superfícies.

Embora tenham sido abordado de forma mais breve, é possível ver na apresentação da Microsoft hologramas para os aplicativos do Netflix, Xbox Jogos e Music. Assim, a Microsoft recorra a serviços já consolidados para popularizar os seus hologramas, algo que aconteceu na migração de computadores para celulares, por exemplo.

Novas possibilidades

Tão importante como garantir a transposição de aplicativos é a criação de experiências diferenciadas que agreguem valor à holografia da Microsoft. Pensando nisso, a empresa apresentou o Holo Studio, que promete trabalhar próximo de outro campo bastante popular do mundo da tecnologia atual: as impressoras 3D.


Holo Studio é uma das novas ferramentas que farão uso da holografia (Foto: Divulgação/Microsoft)
Durante um bom tempo de sua apresentação, a Microsoft demonstrou o quanto os hologramas prometem facilitar a modelagem tridimensional. Ao invés de utilizar programas complexos e com uma série de comandos, a companhia do Windows quer que os donos de HoloLens possam manusear os objetos virtuais com as mãos, mudando sua forma e até mesmo colorindo-os.

Outra tática da Microsoft é atrair a atenção dos desenvolvedores para evitar os problemas que teve durante muito tempo com o Windows Phone e o Windows 8. Para isso, a empresa deve liberar em breve os kits de programação para a sua nova plataforma. A companhia já garantiu também que os Universal Apps presentes no Windows 10 serão compatíveis com o HoloLens.

Bom para trabalho e para o entretenimento

Uma das grandes dificuldades da Microsoft nos últimos anos foi criar ferramentas que sejam boas tanto para o mundo corporativo como para o usuário final, atraído pela Apple e Google nos últimos anos. Para isso, a empresa fez questão de destacar como o Windows Holográfico deve ser uma boa ferramenta tanto no ambiente de trabalho como para as horas de lazer em casa.


Hologramas visualizados a partir dos HoloLens ajudarão a lidar com protótipos (Foto: Divulgação/Microsoft)
Para ambientes profissionais, a holografia da Microsoft deve oferecer uma visualização tridimensionais bastante realísticas de protótipos de produtos, com possibilidade de edição em tempo real. Além disso, as telas flutuantes em chamadas via Skype podem garantir uma interação constante entre colegas e até mesmo criar um ambiente interativo à longa distância para o envio de instruções, por exemplo.

Já em casa, os hologramas devem servir principalmente para funções multimídia e para jogos. Os HoloLens poderão criar, por exemplo, telões virtuais para vídeos, reprodução de músicas, entre outros. Informações como mapas e previsão de tempo poderão ser consultados em qualquer lugar com muito mais detalhe. Além disso, jogos e aplicativos educativos, como o criado em parceria com a Nasa, poderão ganhar muito mais profundidade e realismo.

Um longo caminho pela frente


Hololens e hologramas ainda devem demorar alguns meses até estarem disponíveis para o usuário (Foto: Divulgação/Microsoft)
Embora as possibilidades apresentadas pelos hologramas da Microsoft já sejam impressionantes, o Windows Holográfico está ainda nas fases iniciais de desenvolvimento. A empresa deve dar mais detalhes sobre a disponibilidade do HoloLens e demonstrar novas funcionalidades para o produto apenas na conferência Build 2015, que será realizada entre os dias 29 de abril e 1º de maio em São Francisco, Estados Unidos.

Por enquanto, divirta-se com o vídeo do que falamos até agora:



Fonte: [techtudo]
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