Magnetismo pelas mãos: o sensor suporta movimentos repetidos sem danos. [Imagem: IFW Dresden]
Magnetopercepção:
A magnetopercepção é um sentido comum na natureza, que permite que bactérias, insetos e até vertebrados, como aves e tubarões, detectem campos magnéticos para
orientação e navegação.
Os seres humanos, porém, salvo algumas alegações ainda não comprovadas sistematicamente, parecem ser incapazes de perceber campos magnéticos.
Contudo, se não possuímos um senso magnético natural, talvez possa ser possível incorporar um sistema magnetossensorial artificial à pele humana, uma espécie de pele eletrônica que nos dê esse "sexto sentido".
Michael Melzer e seus colegas da Universidade de Dresden, na Alemanha, desenvolveram um novo sensor magnético que é flexível, fino e robusto o suficiente para ser adaptado à pele humana - até mesmo na parte mais flexível da palma da mão.
Segundo a equipe, o sensor dá ao usuário a capacidade de perceber a presença de campos magnéticos estáticos ou dinâmicos, o que os deixou entusiasmados com a ideia de prover o ser humano com um sexto sentido magnético.
"Nós demonstramos uma plataforma de interação homem-máquina sobre a pele e sem toque, com capacidade de detecção de movimento e deslocamento que poderá ser aplicada a robôs moles ou implantes médicos funcionais, bem como funcionalidades magnéticas para equipamentos eletrônicos sobre a pele," disse Melzer.
O sensor é tão fino leve que flutua sobre uma bolha de sabão (esquerda), podendo ainda ser embolado sem deixar de funcionar (direita). [Imagem: IFW Dresden]
Pele eletrônica magnética:
A pele eletrônica com sentido magnético tem menos de dois micrômetros de espessura e pesa somente três gramas por metro quadrado - ela flutua sobre uma bolha de sabão sem estourá-la.
Os sensores magnéticos suportam uma curvatura extrema, com raios de menos de três micrômetros, o que significa que eles permanecem funcionais mesmo depois de amassados como um pedaço de papel.
Aplicados sobre um substrato elástico - uma película de borracha - os sensores suportaram esticamentos de 270% e mais de 1.000 ciclos sem fadiga.
"Estes sensores magnéticos ultrafinos, com uma robustez mecânica extraordinária, são ideais para serem vestidos, permanecendo discretos e imperceptíveis, com o objetivo de orientação e como auxiliar de manipulação," disse o professor Oliver Schmidt, coordenador da equipe.
Fonte: [inovacaotecnologica]
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